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Mudanças no Simples Nacional e Seus Impactos com a Reforma Tributária

Mudanças no Simples Nacional e Seus Impactos com a Reforma Tributária

O Simples Nacional é um dos pilares do sistema tributário brasileiro voltado para pequenas e médias empresas, oferecendo alíquotas reduzidas, unificação de tributos e obrigações acessórias simplificadas. No entanto, com a recente aprovação da reforma tributária, muitas dúvidas surgiram sobre o futuro do regime e os impactos que as novas regras trarão para os pequenos negócios.

 

Neste artigo, a Fix Compliance explica de forma clara e objetiva o que muda no Simples Nacional com a reforma tributária, quais os riscos e oportunidades, e como sua empresa pode se preparar para continuar crescendo com segurança e conformidade.

 

O que é o Simples Nacional?

Instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, o Simples Nacional é um regime tributário diferenciado destinado a microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). As principais vantagens incluem:

  • Alíquotas reduzidas e progressivas;
  • Unificação de até 8 tributos em uma guia única (DAS);
  • Redução de obrigações acessórias;
  • Tratamento favorecido em licitações e compras públicas;
  • Simplicidade na gestão fiscal e contábil.

 

O que prevê a Reforma Tributária?

Aprovada por meio da Emenda Constitucional 132/2023, a reforma tributária tem como objetivo central a simplificação do sistema de tributação sobre o consumo, substituindo tributos federais, estaduais e municipais por dois novos impostos:

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): substitui ICMS e ISS.
  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): substitui PIS e COFINS.

 

Esses impostos serão cobrados de forma não cumulativa, com direito a crédito ao longo da cadeia produtiva. Além disso, a reforma propõe:

  • Fim da cumulatividade tributária;
  • Sistema de crédito amplo e automatizado;
  • Regras unificadas entre estados e municípios;
  • Redução da guerra fiscal entre entes federativos.

O que muda no Simples Nacional?

Embora a proposta mantenha o Simples Nacional, ela estabelece limitações importantes quanto à participação dos optantes no novo modelo de crédito tributário. Abaixo, destacamos os principais pontos:

  1. Manutenção do Simples, mas sem aproveitamento de créditos

 

A empresa optante pelo Simples não gerará crédito de IBS/CBS para o adquirente de seus bens ou serviços. Isso significa que, embora continue com alíquotas unificadas e simplificadas, o contribuinte do Simples pode se tornar menos atrativo na cadeia produtiva.

 

  1. Alíquotas podem ser revistas

Com a substituição dos tributos anteriores, é esperada uma revisão das tabelas do Simples Nacional, que hoje seguem os anexos I a V da LC 123/06. Essas novas alíquotas ainda serão regulamentadas em lei complementar.

 

  1. Conflitos com regime de não cumulatividade

O Simples Nacional é cumulativo por natureza. A reforma estabelece um sistema não cumulativo como regra geral. Isso poderá estimular empresas a migrar para o Lucro Presumido ou Lucro Real para não perderem competitividade.

 

  1. Necessidade de maior controle contábil

Embora o Simples continue oferecendo menos burocracia, com a integração dos tributos à nova sistemática, as empresas precisarão se adaptar a novos sistemas de emissão de notas, escrituração e apuração de tributos.

Impactos práticos para as PMEs

Ameaça de perda de competitividade

Empresas fora do Simples poderão gerar créditos de IBS/CBS para seus clientes, o que poderá tornar as PMEs menos competitivas em relação a fornecedores de maior porte.

 

Incentivo à reorganização empresarial

Haverá maior pressão para reorganização societária e reavaliação do regime tributário. Em muitos casos, empresas hoje no Simples poderão encontrar vantagem econômica no Lucro Presumido com aproveitamento de créditos.

 

Complexidade de transição

Durante o período de transição (2026 a 2033), as empresas deverão conviver com dois sistemas tributários paralelos, exigindo maior controle contábil e estratégico.

 

Análise crítica: desafios e oportunidades

Apesar de não extinguir o Simples Nacional, a reforma tributária altera o cenário competitivo e obriga as pequenas empresas a reavaliar sua estratégia fiscal.

Desafios

  • Manter competitividade mesmo sem gerar crédito tributário;
  • Acompanhar alterações legislativas e alíquotas futuras;
  • Avaliar riscos de permanência ou migração de regime;
  • Reestruturar sistemas contábeis e fiscais.

 

Oportunidades

  • Planejamento tributário mais sofisticado;
  • Potencial para crescimento com base em conformidade e eficiência;
  • Migração para regimes que favorecem investimentos e expansão;
  • Valoração de novos modelos societários.

 

Na Fix Compliance, avaliamos cenário por cenário e ajudamos a escolher a estratégia mais vantajosa de forma personalizada e segura.

 

Encaminhamentos práticos

  • Solicite uma simulação comparativa entre o Simples, Lucro Presumido e Lucro Real;
  • Revise seu modelo de negócio para avaliar impactos na cadeia de fornecimento;
  • Atualize seus sistemas fiscais e contábeis;
  • Monitore as leis complementares que regulamentarão o novo sistema.

Conclusão

O Simples Nacional permanece em vigor, mas as novas regras tributárias exigem planejamento e adaptação. A transição trará desafios significativos, mas também abrirá espaço para maior eficiência e competitividade para quem se preparar adequadamente.

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